segunda-feira, 30 de março de 2020


MALÁRIA

A malária humana é uma doença parasitária que pode ter evolução rápida e apresentar alto grau de gravidade.
A malária representa importante problema de saúde pública global, e, segundo a OMS, atinge milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, cerca de 99% da transmissão da malária concentra-se na região da Amazônia Legal.

Ela pode ser provocada por quatro protozoários do gênero Plasmodium:
·        Plasmodium vivax;
·        P. falciparum;
·        P. malariae e
·         P. ovale.

No Brasil, o P. vivax e o P. falciparum são as espécies predominantes, enquanto o P. Ovale não está presente.
A transmissão natural da doença se dá pela picada de mosquitos do gênero Anopheles (anofelinos) infectados com o Plasmodium. A doença também pode ser adquirida por meio do contato direto com o sangue de uma pessoa infectada

Após a picada, os parasitas chegam rapidamente ao fígado onde se multiplicam velozmente. Em seguida, já na corrente sanguínea, invadem os glóbulos vermelhos e, em constante multiplicação, começam a fase de destruição. A partir desse momento, aparecem os primeiros sintomas da doença.
Os principais sintomas em sua fase inicial é a febre (que corresponde ao momento em que as hemácias estão se rompendo) associada ou não a calafrios, tremores, suores intensos, dor de cabeça, dores no corpo, vômitos, diarreia, dor abdominal, falta de apetite, tonteira e sensação de cansaço.
O período de incubação pode variar de 8 a 30 dias ou até passar disso, dependendo da espécie de Plasmodium, da carga parasitária injetada pelo mosquito no momento da picada e do sistema de defesa do paciente.  Durante esse período, que corresponde à fase em que o Plasmodium está se reproduzindo no fígado do indivíduo, não há sintomas

O tratamento é feito por meio do uso de antiparasitários
Medidas como as relacionadas abaixo são, sumariamente, essenciais para a prevenção e diagnóstico da Malária.
·        Evitar a picada de mosquitos;
·        saber se está ou esteve em área de transmissão;
·        pensar que pode estar com malária, se vier a apresentar febre;
·        saber onde buscar socorro médico
·        para obter o diagnóstico e o tratamento tanto na área endêmica quanto fora dela e;
·        não se automedicar

Referências


DOENÇA DE CHAGAS

A Doença de Chagas é causada pelo protozoário parasita Trypanosoma cruzi que é transmitido pelas fezes de um inseto (triatoma) conhecido como barbeiro. Ou seja, a doença não se transmite pela picada do barbeiro, e sim quando fezes contaminadas pelo Trypanosoma cruzi penetram no orifício da picada do inseto.,  
O inseto de hábitos noturnos vive nas frestas das casas de pau-a-pique, ninhos de pássaros, tocas de animais, casca de troncos de árvores e embaixo de pedras.

O nome do parasita e da doença foi dado por seu descobridor, o cientista Carlos Chagas, em homenagem também a Oswaldo Cruz.  
A doença não é transmitida ao ser humano diretamente pela picada do inseto, que se infecta com o parasita quando suga o sangue de um animal contaminado, geralmente gambás ou pequenos roedores. A transmissão em si ocorre quando a pessoa coça o local da picada e as fezes eliminadas pelo barbeiro penetram pelo orifício que a picada deixou.
A transmissão pode também ocorrer por transfusão de sangue contaminado e por meio da gravidez. No Brasil, foram registrados casos da infecção transmitida por via oral nas pessoas que tomaram caldo-de-cana ou comeram açaí moído.
Entre os sintomas podemos citar febre, mal-estar, inflamação e dor nos gânglios, vermelhidão, inchaço nos olhos, aumento do fígado e do baço. Não é incomum que a febre desapareça depois de alguns dias e a doença passe aparentemente despercebida, muito embora o parasita já esteja alojado em seus órgãos.
Como nem sempre os sintomas são perceptíveis, o indivíduo pode saber que tem a doença anos depois de ter sido infectado, ao fazer um exame de sangue de rotina, por exemplo.
Meningite e encefalite são complicações graves da doença de Chagas na fase aguda, mas são raros os casos de morte.
O período de incubação vai de cinco a 14 dias após a picada e o diagnóstico é feito através de um exame de sangue, que deve ser prescrito, principalmente, quando um indivíduo vem de zonas endêmicas.
Ao cair na circulação, o Trypanosoma cruzi afeta os gânglios, o fígado e o baço. Depois se destina ao coração, intestino e esôfago.

Nas fases crônicas, pode haver destruição da musculatura e a consequente flacidez provoca aumento desses três órgãos, o que causa complicações como cardite chagásica (aumento do coração), megacólon (aumento do cólon) e megaesôfago, cujo principal sintoma é a regurgitação dos alimentos ingeridos.
Essas lesões são definitivas e irreversíveis. A doença de Chagas pode não provocar lesões importantes em pessoas que apresentem resposta imunológica adequada, mas pode ser fatal para outras.
A medicação é prescrita sob acompanhamento médico devido aos efeitos colaterais que provoca, e deve ser mantida por, no mínimo, um mês.
O medicamento costuma ser efetivo na fase aguda da doença, enquanto o parasita está circulando no sangue. Na fase crônica, não compensa utilizá-lo mais e o tratamento é direcionado às manifestações da doença a fim de controlar os sintomas e evitar as complicações.
Não existe vacina para a doença de Chagas, logo os cuidados devem ser redobrados nas regiões onde o barbeiro ainda existe, como no norte de Minas Gerais, e em algumas áreas do nordeste da Bahia. Outras recomendações como a lavagem cuidadosa da cana-de-açúcar antes da moagem e a mesma precaução deve ser tomada antes de o açaí ser preparado para consumo e as de que portadores do parasita, mesmo que sejam assintomáticos, não podem doar sangue devem ser seguidas.
Manter o inseto transmissor afastado do convívio humano é a única forma de erradicar a doença de Chagas.

Referências


LEISHMANIOSE
A Leishmaniose é uma doença infecciosa não contagiosa causada por parasitas do gênero Leishmania. Os parasitas vivem e se multiplicam no interior das células do sistema defensivo dos indivíduos, os denominados macrófagos.
Há dois tipos de leishmaniose: leishmaniose tegumentar ou cutânea e a leishmaniose visceral ou calazar.
              A leishmaniose tegumentar caracteriza-se por feridas na pele que se localizam com maior frequência nas partes descobertas do corpo. Podem também surgir feridas nas mucosas do nariz, da boca e da garganta. Essa forma de leishmaniose é popularmente conhecida como “ferida brava”. São sintomas febre irregular e prolongada, anemia, indisposição, palidez da pele e ou das mucosas, falta de apetite, perda de peso, inchaço do abdômen devido ao aumento do fígado e do baço. Duas a três semanas após a picada, aparece uma pequena pápula avermelhada que vai aumentando de tamanho até formar uma ferida recoberta por crosta ou secreção purulenta. A doença também pode se manifestar como lesões inflamatórias nas mucosas do nariz ou da boca.
A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, isto é, acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea. Esse tipo de leishmaniose acomete principalmente crianças de até dez anos. Após esta idade, torna-se bem menos recorrente. É uma doença de evolução longa, podendo durar alguns meses ou até mesmo ultrapassar o período de um ano. São sintomas
A leishmaniose é transmitida por insetos hematófagos conhecidos como flebótomos, que medem de dois a três milímetros de comprimento, sendo capazes de atravessar as malhas dos mosquiteiros e telas. Apresentam cor amarelada ou acinzentada e suas asas permanecem abertas quando estão em repouso.
Seus nomes variam de acordo com a localidade; os mais comuns são: mosquito palha, tatuquira, birigui, cangalinha, asa branca, asa dura e palhinha. O mosquito palha ou asa branca é mais encontrado em lugares úmidos, escuros, onde existem muitas plantas.
A doença afeta algumas das pessoas mais pobres do mundo e está associada à desnutrição, deslocamento de população, condições precárias de habitação e saneamento precário, um sistema imunológico fraco e falta de recursos financeiros.
As fontes de infecção das leishmanioses são, principalmente, os animais silvestres e os insetos consumidores de sangue que abrigam o parasita em seu tubo digestivo. O cão doméstico pode, entretanto, ser hospedeiro.

Na leishmaniose cutânea os animais silvestres que atuam como reservatórios são os roedores silvestres, tamanduás e preguiças. Na leishmaniose visceral a principal fonte de infecção é a raposa do campo.
            Entre as ações de prevenção podemos destacar evitar construir casas e acampamentos em áreas muito próximas à matar, fazer dedetização, quando indicada pelas autoridades de saúde, evitar banhos de rio ou de igarapé, localizado perto da mata, utilizar repelentes na pele, quando estiver em matas de áreas onde há a doença, usar mosquiteiros para dormir, usar telas protetoras em janelas e portas e eliminar cães com diagnóstico positivo para leishmaniose visceral, para evitar o aparecimento de casos humanos.
O diagnóstico da leishmaniose é realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais e baseia-se na detecção de anticorpos anti Leishmania. O tratamento com medicamentos deve ser cuidadosamente acompanhado por profissionais de saúde.
Sua detecção e tratamento precoce devem ser prioritários, pois a Leishmaniose pode levar à morte.

Referências


AMEBÍASE
        
            A Amebíase ou Disenteria Amébica é uma infecção parasitária que acomete o intestino grosso e, por vezes e outros órgãos. Desta forma, o protozoário afeta a atividade intestinal, fazendo com que o paciente tenha diarreias e cólicas intestinais — isso quando os sintomas surgem. O protozoário pode se apresentar de duas formas, cisto e trofozoíto, podendo atuar como comensal ou provocar a invasão de tecidos, originando as formas intestinal e extra intestinal da doença.
            A ameba unicelular Entamoeba histolytica é a responsável pela amebíase, embora possa estar presente no organismo sem desenvolver a doença, pois são parasitas comuns de nossa espécie e têm como característica o tamanho diminuto e capacidade de formar cistos.
O protozoário tem seu período de incubação variante de duas a quatro semanas.  Amebas são protozoários cuja locomoção se dá via expansões citoplasmáticas – pseudópodes.
            A doença, que tem incidência mundial atinge mais de 50 milhões de pessoas por ano, mas menos de 1% delas morre por conta da amebíase - principalmente em pacientes que desenvolveram quadros de abcessos hepáticos ou colite necrotizante -, porque a maior parte dos casos não apresentam maiores complicações. Quanto à localização, são as pessoas que vivem em áreas tropicais as que estão mais propensas a contrair o problema..
A amebíase afeta em especial locais com saneamento básico precários e populações com maus hábitos de higiene, uma vez que a forma de contaminação se dá via ingestão de seus cistos, isto é, por meio da ingestão de água /comida contaminadas ou contato direto com a matéria fecal contendo cistos amebianos maduros. Eles também podem ser transmitidos por manipuladores de alimentos e por meio de relação sexual desprotegida.
A infecção começa quando se ingere os cistos. Os cistos se abrem, liberando os trofozoítos que se multiplicam e provocam úlceras no revestimento intestinal. Ocasionalmente, eles se espalham para o fígado ou outras partes do corpo. Alguns trofozoítos se tornam cistos que são excretados nas fezes juntamente com os trofozoítos.
Estes, liberados nas fezes da pessoa adoecida, podem se espalhar na água e vegetais que, sem a devida higienização antes de serem ingeridos, podem causar a doença. Vale pontuar que a resistência dos cistos é muito grande: podem viver cerca de 30 dias na água, e 12 em fezes frescas. Fora do corpo, os trofozoítos frágeis morrem. No entanto, os cistos resistentes podem sobreviver.


Os pacientes que mais têm chance de contrair a infecção por amebíase são os que possuem problemas ou alterações de imunidade, deixando o organismo mais suscetível à contaminação. Além disso, alguns comportamentos, como má higienização das mãos, também podem aumentar os riscos de contágio. Podemos citar como fatores de risco a má higiene – das mãos ao sexo desprotegido - desnutrição, gravidez, câncer, alcoolismo e o uso de corticoides.
            Os sintomas costumam surgir de sete a dez após a contaminação, sendo classificados entre leves e graves. Os mais comuns são, respetivamente cansaço, desconforto e cólicas abdominais, liberação de fezes pastosas com sangue ou com muco, gases excessivos, calafrios, dor no reto durante a evacuação, emagrecimento, colite e febre, vômitos, acometimento dos pulmões, cérebro e fígado, evacuação aumentada (de 10 à 20 vezes ao dia), evacuar fezes líquidas e com sangue, sensibilidade abdominal, perfuração do intestino.
            O diagnóstico é feito por médicos proctologistas, infectologistas, gastroenterologistas e até mesmo clínico geral. Os exames utilizados são de fezes, de sangue e biópsia intestinal, geralmente.
Casos simples de amebíase podem ser tratados com medicamentos anti-infecciosos (como Benzoilmetronidazol, Doxiciclina, Flagyl, Helmizol, Annita, Secnidazol e Metronidazol) realizado durante, geralmente, 10 dias.  Medicamentos para tratar de náuseas também podem ser ingeridos para controlar os sintomas.
No caso de ocorrência de abscessos hepáticos, aspiração com agulha pode ser necessária para o diagnóstico e tratamento e, em raros casos, a cirurgia pode ser recomendada ao paciente.
Para prevenir,  cuidados como lavar os alimentos antes de consumi-los, não fazer sexo sem proteção, não consumir água não-filtrada e evitar queijos, leites e produtos lácteos sem que eles sejam pasteurizados;
É importante sempre estar com as mãos limpas para evitar a contaminação e, consequentemente, garantir a própria saúde e de sua família.


Referências
http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=90&sid=8
https://www.minutobiomedicina.com.br/uploads/posts/257/amebiase.jpg
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-parasit%C3%A1rias-protozo%C3%A1rios-intestinais-e-microspor%C3%ADdios/ameb%C3%ADase
https://www.infectologia.org.br/pg/996/amebiase
http://medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/1722/amebiase.htm
https://minutosaudavel.com.br/o-que-e-amebiase-sintomas-tratamento-prevencao-remedio-e-cura/










FUNGOS - APRESENTAÇÃO 

https://docs.google.com/presentation/d/1vfB9-zPTe3vF01BVLxsbIFp28OXNICaT5ca8v1MBOHs/edit?usp=sharing

segunda-feira, 23 de março de 2020


         

           GRAM-POSITIVA VS GRAM-NEGATIVA: MÉTODO DE GRAM

     Hans Christian Gram, um patologista dinamarquês, estudou e convencionou sua técnica para corar bactérias, a denominada coloração Gram, em 1884, quando experimentalmente corou lâminas contendo esfregaços com violeta de genciana e percebeu que, se previamente fossem tratadas com iodo, as bactérias existentes nestes esfregaços uma vez coradas não desbotavam com álcool,
        Para aprimorar o método, adicionou outros corantes denominados “contra-corantes”, como safranina e fucsina básica.
       Desta maneira, percebeu que as bactérias contidas no esfregaço podem ser classificadas como Gram-positivas (aproximadamente de cor roxa) ou Gram-negativas (aproximadamente de cor vermelha), dependendo da parece celular desta bactéria.
       Se for estruturalmente mais “simples” a coloração será a do quadrante positivo, se for estruturalmente mais “complexa” será do quadrante negativo.
       As bactérias Gram-positivas retêm o cristal violeta devido à presença de uma espessa camada de peptidoglicano (polímero constituído por açúcares e aminoácidos que originam uma espécie de malha na região exterior à membrana celular das bactérias) em suas paredes celulares, apresentando-se na cor roxa.
       Já as bactérias Gram-negativas possuem uma parede de peptidoglicano mais fina que não retém o cristal violeta durante o processo de descoloração e recebem a cor vermelha no processo de coloração final.

       Desde o trabalho original de Hans Gram, vários pesquisadores buscaram determinar o mecanismo envolvido no método de coloração. 
       Conceitos diversos têm sido apresentados, como aexistência de um substrato Gram-positivo e específico; as bactérias Gram-positivas e Gram-negativas possuiriam diferentes afinidades com o corante primário cristal de violeta; e a existência de diferentes graus de permeabilidade na parede dos microrganismos Gram-positivos e Gram-negativos, sendo esta última mais aceita atualmente.
       Tanto a espessura da parede celular, quanto as dimensões dos espaços intersticiais, por exemplo,“diâmetro do poro”, parecem ser determinantes do resultado final da coloração de Gram.
A fins de curiosidade, para preparar os corantes de Gram, é preciso:
• 1 béquer de 500 ml;
• 1 béquer de 1 litro;
• 1 balança gramatária ou eletrônica;
• 2 bastões de vidro;
• 1 proveta de 200 ml;
• 1 proveta de 500 ml;
• 1 espátula ou uma colher de café;
• violeta-de-metila;
• álcool etílico (99,5º Gay-Lussac)
• álcool metílico (99,5º Gay-Lussac)
• axalato de amônia;
• iodeto de potássio;
• iodo metálico;
• safranina; e
• água destilada
É possível estabelecer um passo a passo relativamente simples da aplicação prática da metodologia de Gram:
·        Cubra o esfregaço com violeta-de-metila e logo após deixe por aproximadamente 15 segundos;
·        Adicione igual quantidade de água sobre a lâmina coberta com violeta-de-metila e então deixe agir por mais 45 segundos;
·        Escorra o corante e lave em um filete de água corrente; Cubra a lâmina com lugol diluído (1/20) e deixe agir por aproximadamente 1 minuto;
·        Escorra o lugol e lave em um filete de água corrente;
·        Adicione álcool etílico (99,5º GL) sobre a lâmina; descorando-a, até que não desprenda mais corante;
·        Lave em um filete de água corrente;
·        Cubra a lâmina com safranina e deixe agir por aproximadamente 30 segundos;
·        Lave em um filete de água corrente;
·        Deixe secar ao ar livre, ou seque suavemente com o auxílio de um papel de filtro limpo;
·        Visualize no microscópio. Logo após leia em objetiva de imersão (100 X).


        Esta metodologia irá ajudar na identificação de uma infecção bacteriana, determinando qual é o tipo de bactéria, permitindo, por exemplo, ao médico determinar um tratamento eficaz ao paciente, dessa forma aplicando a terapia adequada em cada caso.
      Apesar de que nem todas as bactérias possam ser diferenciadas através da coloração de Gram, com certeza a metodologia tem grande aplicação no diagnóstico clínico e pesquisa biológica.

  É possível pôr em “prática” este método na simulação a seguir: https://www.brainpop.com/games/virtuallabsgramstaining/

GRAM-POSITIVA
GRAM-NEGATIVA
Peptídeoglicano (MUREÍNA)
Peptídeoglicano (MUREÍNA)
Membrana citoplasmática                      
Membrana citoplasmática                      
Ausência de membrana externa
Membrana externa, espaço periplasmático  
Mais espessa e rígida, mais simples
Menos espessa, mais complexa
Presença de proteínas, lipídeos e ácido teicóico
Fosfolipídios, lipoproteínas, lipopolissacarídeos (LPSs)
Aderência (ácido lipoprotéico)
Patogenicidade (LPS)



        Entre as funções da membrana plasmática em bactérias, podemos destacar a permeabilidade, a função de âncora para Proteínas, de produção de energia e como sistema de Transporte (Transporte Simples, Translocação de Grupos, Transporte ABC)


REFERÊNCIAS


quarta-feira, 11 de março de 2020


VÍRUS
A palavra vírus tem origem latina e significa "veneno".

Os vírus são seres que não possuem células, são constituídos por ácido nucléico que pode ser o DNA ou o RNA, envolvido por um invólucro protéico denominado capsídeo. Possuem cerca de 0,1µm de diâmetro, com dimensões apenas observáveis ao microscópio eletrônico.


Por serem tão pequenos conseguem invadir células, inclusive a de organismos unicelulares, como as bactérias. É parasitando células de outros organismos que os vírus conseguem reproduzir-se. Como são parasitas obrigatórios eles causam nos seres parasitados doenças denominadas viroses.
Desta forma, os vírus são entidades biológicas presentes em qualquer espécie com células (bactérias - bacteriófagos ou fagos, muito utilizados hoje em dia na biologia molecular para a transferência e expressão de genes -; plantas uma infinidade de vírus afetam vegetais -; animais – diversos tipos vírus causam doenças em animais -.).
No caso do homem, as doenças viróticas que mais acometem o organismo são a Gripe, Catapora ou Varicela, Caxumba, Dengue, Febre Amarela, Hepatite, Rubéola, Sarampo, Varíola, Herpes simples e Raiva.
         Podemos identificar os vírus por caraterísticas como replicarem-se sempre dentro de células vivas, utilizarem o sistema de síntese das células e induzirem a síntese de proteínas capazes de transferir o genoma viral para outras células.
         Os vírus só podem ser visualizados com o auxílio de microscópios eletrônicos, instrumentos disponíveis apenas em locais especializados, como centros de pesquisa, universidades e grandes laboratórios, e que podem mostrar imagens aumentadas em até centenas de milhares de vezes.
         UM VÍRUS COMPLETO = UM VÍRION = UMA PARTÍCULA VIRAL INFECCIOSA
         A estrutura usual dos vírus consiste no RNA ou DNA (exceção Citomegalovírus), o Capsídeo e o Envelope.

         Os vírus envelopados contêm uma membrana externa que recobre o nucleocapsídeo; os Bacteriófagos possuem caudas proteicas complexas que são necessárias para a ancoragem e introdução do genoma viral na célula hospedeira.

Fontes e adaptações de texto:


REINOS NO MUNDO VIVO
O sistema de cinco reinos amplamente utilizado na ciência hoje foi proposto por Whittaker, em 1969.
As classificações separam os seres vivos em cinco reinos. Para classificar os organismos dessa forma, Whittaker analisou critérios como a organização celular, ou seja, se os organismos eram procariontes ou eucariontes, e verificou o número de células (formados por uma ou mais células) e a forma de nutrição.
No Reino Monera encontramos os organismos unicelulares, formados por uma única célula, e os procariontes, ou seja, que não possuem material genético contido por um envoltório nuclear. Esses organismos podem ser coloniais ou não, e autotróficos ou heterotróficos. Autotróficos são aqueles organismos capazes de produzir seu próprio alimento, e heterotróficos são aqueles que necessitam ingerir matéria orgânica do meio externo e não são, portanto, capazes de realizar sua produção. Como exemplo de organismos do Reino Monera, temos as bactérias e cianobactérias.

No Reino Protista estão reunidos os organismos cujas células já possuem núcleo individualizado por uma membrana; são chamados, por isso, de eucariontes. Os protozoários, como a ameba, o paramécio e outros, são exemplos de protoctistas heterotróficos. Pertencem a esse reino, também, as algas tanto unicelulares como multicelulares, as quais têm uma grande importância nos ecossistemas aquáticos, por serem autótrofas e constituírem o início das cadeias alimentares. Através da fotossíntese, elas liberam grande quantidade de oxigênio para a atmosfera.


No Reino Fungi, encontramos organismos eucariontes, os quais podem ser uni ou multicelulares. Todos os organismos desse reino são heterotróficos, logo, sua nutrição é realizada por meio de absorção. Como exemplo de organismos desse reino, temos todos os fungos.

No Reino Plantae são encontrados organismos multicelulares, eucariontes e autotróficos, isto é, seres multicelulares fotossintetizantes que possuem corpo diferenciado em tecidos. Todos os vegetais fazem parte desse grupo de seres vivos.

O Reino Animal é formado por seres multicelulares que obtêm alimento por ingestão. Nesse grupo, são encontradas várias espécies de organismos distintos, desde invertebrados, como as esponjas, até vertebrados como os seres humanos.


Fontes e adaptações de texto:


FILOGENIA: OS CLADOGRAMAS

A filogenia ou filogênese consiste em definir hipóteses sobre as histórias evolutivas das espécies, desde os seus ancestrais até os seres recentes. O cladograma é um diagrama que representa as relações filogenéticas entre os seres, onde são representadas as relações evolutivas entre estes. Um cladograma é composto pela raiz, ramos, nós e terminais.
Ao dispor de um grande número de características comparativas, mais confiáveis - anatômicas, embriológicas, funcionais, genéticas, comportamentais etc. - os biólogos interessados na classificação dos seres vivos puderam elaborar hipóteses mais consistentes a respeito da evolução dos grandes grupos.
Influenciados pelo trabalho de Wili Hennig, passaram a apresentar as características em cladogramas.
         A raiz representa um provável grupo ou espécie ancestral.
O nó é o ponto de onde partem as ramificações, os ramos. Cada nó indica um evento cladogenético.
Os ramos são as linhas do cladograma e conduzem a um ou mais grupos terminais.
Os grupos de seres vivos compõem os terminais nos cladogramas.


Na imagem acima "z, y, x, w, v e u" são características que as determinadas espécies adquiriram., como, por exemplo, a perda da cauda, o polegar opositor, a coluna vertebral, etc.

Fontes e adaptações de texto:
https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/bioclassifidosseresvivos3.php
http://www2.unifap.br/alexandresantiago/files/2014/05/cladogramas.pdf
https://escolaeducacao.com.br/cladograma/
https://www.vestibular.com.br/dica/o-que-sao-cladogramas-e-por-que-algumas-provas-adoram-esses-diagramas/
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=588