AMEBÍASE
A Amebíase ou Disenteria Amébica é uma infecção parasitária
que acomete o intestino grosso e, por vezes e outros órgãos. Desta forma, o
protozoário afeta a atividade intestinal, fazendo com que o paciente tenha
diarreias e cólicas intestinais — isso quando os sintomas surgem. O protozoário
pode se apresentar de duas formas, cisto e trofozoíto, podendo atuar como comensal
ou provocar a invasão de tecidos, originando as formas intestinal e extra intestinal
da doença.
A ameba unicelular Entamoeba histolytica é a
responsável pela amebíase, embora possa estar presente no organismo sem
desenvolver a doença, pois são parasitas comuns de nossa espécie e têm como
característica o tamanho diminuto e capacidade de formar cistos.
O
protozoário tem seu período de incubação variante de duas a quatro semanas.
Amebas são protozoários
cuja locomoção se dá via expansões citoplasmáticas – pseudópodes.
A doença, que tem incidência mundial atinge mais de 50
milhões de pessoas por ano, mas menos de 1% delas morre por conta da amebíase -
principalmente em pacientes que desenvolveram quadros de abcessos hepáticos ou
colite necrotizante -, porque a maior parte dos casos não apresentam maiores
complicações. Quanto à localização, são as pessoas que vivem em áreas tropicais
as que estão mais propensas a contrair o problema..
A
amebíase afeta em especial locais com saneamento básico precários e populações
com maus hábitos de higiene, uma vez que a forma de contaminação se dá via
ingestão de seus cistos, isto é, por meio da ingestão de água /comida
contaminadas ou contato direto com a matéria fecal contendo
cistos amebianos maduros. Eles também podem ser transmitidos por manipuladores
de alimentos e por meio de relação sexual desprotegida.
A
infecção começa quando se ingere os cistos. Os cistos se abrem, liberando os
trofozoítos que se multiplicam e provocam úlceras no revestimento intestinal.
Ocasionalmente, eles se espalham para o fígado ou outras partes do corpo.
Alguns trofozoítos se tornam cistos que são excretados nas fezes juntamente com
os trofozoítos.
Estes,
liberados nas fezes da pessoa adoecida, podem se espalhar na água e vegetais
que, sem a devida higienização antes de serem ingeridos, podem causar a doença.
Vale pontuar que a resistência dos cistos é muito grande: podem viver cerca de
30 dias na água, e 12 em fezes frescas. Fora do corpo, os trofozoítos frágeis
morrem. No entanto, os cistos resistentes podem sobreviver.
Os
pacientes que mais têm chance de contrair a infecção por amebíase são os que
possuem problemas ou alterações de imunidade, deixando o organismo mais
suscetível à contaminação. Além disso, alguns comportamentos, como má
higienização das mãos, também podem aumentar os riscos de contágio. Podemos
citar como fatores de risco a má higiene – das mãos ao sexo desprotegido - desnutrição,
gravidez, câncer, alcoolismo e o uso de corticoides.
Os sintomas costumam surgir de sete a dez após a
contaminação, sendo classificados entre leves e graves. Os mais comuns são,
respetivamente cansaço, desconforto e cólicas abdominais, liberação de fezes
pastosas com sangue ou com muco, gases excessivos, calafrios, dor no reto
durante a evacuação, emagrecimento, colite e febre, vômitos, acometimento dos
pulmões, cérebro e fígado, evacuação aumentada (de 10 à 20 vezes ao dia), evacuar
fezes líquidas e com sangue, sensibilidade abdominal, perfuração do intestino.
O diagnóstico é feito por médicos proctologistas,
infectologistas, gastroenterologistas e até mesmo clínico geral. Os exames utilizados
são de fezes, de sangue e biópsia intestinal, geralmente.
Casos
simples de amebíase podem ser tratados com medicamentos anti-infecciosos (como Benzoilmetronidazol,
Doxiciclina, Flagyl, Helmizol, Annita, Secnidazol e Metronidazol) realizado
durante, geralmente, 10 dias. Medicamentos
para tratar de náuseas também podem ser ingeridos para controlar os sintomas.
No
caso de ocorrência de abscessos hepáticos, aspiração com agulha pode ser
necessária para o diagnóstico e tratamento e, em raros casos, a cirurgia pode
ser recomendada ao paciente.
Para
prevenir, cuidados como lavar os
alimentos antes de consumi-los, não fazer sexo sem proteção, não consumir água
não-filtrada e evitar queijos, leites e produtos lácteos sem que eles sejam
pasteurizados;
É
importante sempre estar com as mãos limpas para evitar a contaminação e,
consequentemente, garantir a própria saúde e de sua família.
Referências
http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=90&sid=8
https://www.minutobiomedicina.com.br/uploads/posts/257/amebiase.jpg
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-parasit%C3%A1rias-protozo%C3%A1rios-intestinais-e-microspor%C3%ADdios/ameb%C3%ADase
https://www.infectologia.org.br/pg/996/amebiase
http://medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/1722/amebiase.htm
https://minutosaudavel.com.br/o-que-e-amebiase-sintomas-tratamento-prevencao-remedio-e-cura/