segunda-feira, 13 de abril de 2020


MICOLOGIA

As micoses são infecções na pele, unhas, ou couro cabeludo causadas por fungos. Existem diferentes tipos de micoses, entre elas as frieiras, onicomicose e a pitiríase versicolor.
A frieira é a mais comum infecção por fungo e causa o aparecimento de bolhas e rachaduras na pele entre os dedos dos pés e coceira na região, e é transmitido pelo contato com direto com a pessoa ou a superfície contaminada.
As onicomicoses são causadas embaixo das unhas e o tecido ao redor, geralmente é a unha do dedão que é mais vulnerável a essa infecção já que o uso rotineiro de sapatos cria o ambiente perfeito para a proliferação desses.
Já a pitiríase versicolor é uma micose causada superficialmente na pele, também é conhecido como “pano branco”. Ambientes quentes e úmidos facilitam a infecção. Caracteriza-se por manchas redondas recobertas por escamas finas que podem causar coceira.
As micoses podem ser prevenidas pelo uso de chinelos em ambientes úmidos, evitar compartilhar toalhas, meias e sapatos, após o banho enxugar bem o corpo, principalmente em dobras, entre os dedos por exemplo.
Essas infecções podem ser causadas principalmente por fungos dermatófitos e cândidas, os dermatófitos afetando a pele e as cândidas podendo ser uma infecção sistêmica.
O tratamento pode ser feito com antifúngicos, durando entre 30 a 60 dias, e não deve ser interrompido nem com a cessão dos sintomas, com o risco destes reaparecerem.

Referências

terça-feira, 7 de abril de 2020


PROTOCTISTA

               A palavra protista é derivada do grego e representa a frase “primeiro de todos”, onde é evidenciada a ideia de que os protistas foram os primeiros eucariontes a surgirem na evolução.

O Reino Protoctista pode ser caracterizado como o reino composto por organismos unicelulares e eucariontes, constituídos por um núcleo individualizado, envolvido por uma membrana. Foi proposto como uma alternativa didática para receber uma grande quantidade de táxons eucariontes unicelulares e multicelulares que não se encaixavam na definição de animais, plantas ou fungos. É, portanto, um Reino merofilético. Tem aproximadamente 40 mil espécies catalogadas até o momento
O reino é pode ser sintetizado no englobamento de uma grande quantidade de organismos, sendo que eles são compostos por células estruturais formuladas a partir de camadas externas que são reforçadas a partir de um material proteico. Além disso, também recebem o reforço de carapaças minerais e foraminíferos. O citoplasma desses organismos é dividido em duas zonas, sendo a externa classificada como ectoplasma e a interna como endoplasma. O processo respiratório é muito simples nos protistas. A troca de gases se dá por difusão simples, ou seja, o oxigênio e gás carbônico simplesmente atravessam a membrana das células.

Os protistas podem ser divididos em dois grupos principais;
·       Protozoários: são heterotróficos, unicelulares e eucariontes, Os protozoários podem ser classificados a partir do seu tipo de organoide locomotor, onde a classificação pode ser como flagelados (flagelos), sarcodíneos (pseudópodes), ciliados (cílios) e esporozoários (sem estrutura locomotora). Os protozoários flagelados são os seres que se movem a partir de flagelos que estão localizados na membrana plasmática, sendo que eles podem ser autótrofos facultativos e heterótrofos parasitas ou de vida livre;
o   Filo Sarcodina ou Rhizopoda
§  Locomovem-se através de pseudópodos ou falsos pés.
o   Filo Mastigophora ou Flagellata
§  Locomoção por meio de flagelos.
o   Filo Ciliophora ou Ciliata
§  Deslocam-se através de cílios.
o   Sporozoa
§  Não apresentam estruturas locomotoras.
A alimentação dos protozoários se dá pela ingestão de partículas microscópicas. Os protozoários englobam partículas microscópicas através da fagocitose.
Nesse caso a célula emite pseudópodes que irão ajudar o protozoário a conseguir seu alimento. Existe ainda uma abertura chamada citóstoma, que é uma abertura por onde as partículas microscópicas podem entrar.
Depois que o alimento é ingerido, as partículas alimentares serão digeridas no interior do protozoário por enzimas que farão a digestão do alimento.
Esse tipo de digestão é chamada de digestão intracelular.
Ao fim da digestão intracelular a célula irá eliminar as sobras ajudas pelo vacúolo celular. Esses restos irão sair por uma estrutura chamada citoprocto, também conhecida como citopígio.
      A digestão ocorre apenas nos protozoários, pois eles são heterótrofos. Como as algas são seres autotróficos, elas conseguem obter energia através da energia do sol.

·       Algas:  são autotróficos, podem ser unicelulares ou pluricelulares e eucariontes. As algas são classificadas de forma simples e de acordo com o seu pigmento fotossintetizante, e também por conta da substância de reserva que está presente dentro das células das algas. A classificação pode ser em algas euglenas, dinoflagelados, diatomáceas, algas pardas, vermelhas e verdes.
o   Euglenas
§  Algas com pigmentos fotossintetizantes com clorofila a e b, além de carotenoides e com substância de reserva paramilo.
o    Dinoflagelados:
§  Algas com pigmentos fotossintetizantes com clorofila a e c, além de carotenoides e peridinina. Sua substância de reserva é amido.
o   Diatomáceas
§  Algas com pigmentos fotossintetizantes com clorofila a e c, além de carotenoides e principalmente fucoxantina. Sua substância de reserva é crisolaminarina.
o    Algas Pardas
§  Algas com pigmentos fotossintetizantes com clorofila a e c, além de carotenoides e fuxocantina. Sua substância de reserva é manitol e laminarina.
o   Algas Vermelhas
§  Algas com pigmentos fotossintetizantes com clorofila a e d, além de carotenoides e ficoeritina. Sua substância de reserva é amido das florídeas.
o   – Algas Verdes
§   Algas com pigmentos fotossintetizantes com clorofila a e b, além de carotenoides e xantofilas. Sua substância de reserva é amido

(Quanto às algas, podem ser do Filo Chlorophyta (algas verdes), Filo Phaeophyta (algas pardas ou marrons), Filo Rhodophyta (algas vermelhas), Filo Bacillariophyta (diatomáceas), Filo Chrysophyta (algas douradas), Filo Euglenophyta (euglenas), Filo Dinophyta (dinoflagelados) e Filo Charophyta (carofíceas)).



O Reino Protoctista possui grande importância ecológica, como por englobar as algas unicelulares, responsáveis por quase 90% da produção de oxigênio do planeta, sendo também a base da cadeia alimentar aquática e o fitoplâncton emite para atmosfera um gás dimetil-sulfeto (DMS), que é responsável pela formação de nuvens, desempenhando um papel importante no clima terrestre. Além disso é um importante indicador de desequilíbrio ecológico (eutrofização).

Referências














segunda-feira, 30 de março de 2020


MALÁRIA

A malária humana é uma doença parasitária que pode ter evolução rápida e apresentar alto grau de gravidade.
A malária representa importante problema de saúde pública global, e, segundo a OMS, atinge milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, cerca de 99% da transmissão da malária concentra-se na região da Amazônia Legal.

Ela pode ser provocada por quatro protozoários do gênero Plasmodium:
·        Plasmodium vivax;
·        P. falciparum;
·        P. malariae e
·         P. ovale.

No Brasil, o P. vivax e o P. falciparum são as espécies predominantes, enquanto o P. Ovale não está presente.
A transmissão natural da doença se dá pela picada de mosquitos do gênero Anopheles (anofelinos) infectados com o Plasmodium. A doença também pode ser adquirida por meio do contato direto com o sangue de uma pessoa infectada

Após a picada, os parasitas chegam rapidamente ao fígado onde se multiplicam velozmente. Em seguida, já na corrente sanguínea, invadem os glóbulos vermelhos e, em constante multiplicação, começam a fase de destruição. A partir desse momento, aparecem os primeiros sintomas da doença.
Os principais sintomas em sua fase inicial é a febre (que corresponde ao momento em que as hemácias estão se rompendo) associada ou não a calafrios, tremores, suores intensos, dor de cabeça, dores no corpo, vômitos, diarreia, dor abdominal, falta de apetite, tonteira e sensação de cansaço.
O período de incubação pode variar de 8 a 30 dias ou até passar disso, dependendo da espécie de Plasmodium, da carga parasitária injetada pelo mosquito no momento da picada e do sistema de defesa do paciente.  Durante esse período, que corresponde à fase em que o Plasmodium está se reproduzindo no fígado do indivíduo, não há sintomas

O tratamento é feito por meio do uso de antiparasitários
Medidas como as relacionadas abaixo são, sumariamente, essenciais para a prevenção e diagnóstico da Malária.
·        Evitar a picada de mosquitos;
·        saber se está ou esteve em área de transmissão;
·        pensar que pode estar com malária, se vier a apresentar febre;
·        saber onde buscar socorro médico
·        para obter o diagnóstico e o tratamento tanto na área endêmica quanto fora dela e;
·        não se automedicar

Referências


DOENÇA DE CHAGAS

A Doença de Chagas é causada pelo protozoário parasita Trypanosoma cruzi que é transmitido pelas fezes de um inseto (triatoma) conhecido como barbeiro. Ou seja, a doença não se transmite pela picada do barbeiro, e sim quando fezes contaminadas pelo Trypanosoma cruzi penetram no orifício da picada do inseto.,  
O inseto de hábitos noturnos vive nas frestas das casas de pau-a-pique, ninhos de pássaros, tocas de animais, casca de troncos de árvores e embaixo de pedras.

O nome do parasita e da doença foi dado por seu descobridor, o cientista Carlos Chagas, em homenagem também a Oswaldo Cruz.  
A doença não é transmitida ao ser humano diretamente pela picada do inseto, que se infecta com o parasita quando suga o sangue de um animal contaminado, geralmente gambás ou pequenos roedores. A transmissão em si ocorre quando a pessoa coça o local da picada e as fezes eliminadas pelo barbeiro penetram pelo orifício que a picada deixou.
A transmissão pode também ocorrer por transfusão de sangue contaminado e por meio da gravidez. No Brasil, foram registrados casos da infecção transmitida por via oral nas pessoas que tomaram caldo-de-cana ou comeram açaí moído.
Entre os sintomas podemos citar febre, mal-estar, inflamação e dor nos gânglios, vermelhidão, inchaço nos olhos, aumento do fígado e do baço. Não é incomum que a febre desapareça depois de alguns dias e a doença passe aparentemente despercebida, muito embora o parasita já esteja alojado em seus órgãos.
Como nem sempre os sintomas são perceptíveis, o indivíduo pode saber que tem a doença anos depois de ter sido infectado, ao fazer um exame de sangue de rotina, por exemplo.
Meningite e encefalite são complicações graves da doença de Chagas na fase aguda, mas são raros os casos de morte.
O período de incubação vai de cinco a 14 dias após a picada e o diagnóstico é feito através de um exame de sangue, que deve ser prescrito, principalmente, quando um indivíduo vem de zonas endêmicas.
Ao cair na circulação, o Trypanosoma cruzi afeta os gânglios, o fígado e o baço. Depois se destina ao coração, intestino e esôfago.

Nas fases crônicas, pode haver destruição da musculatura e a consequente flacidez provoca aumento desses três órgãos, o que causa complicações como cardite chagásica (aumento do coração), megacólon (aumento do cólon) e megaesôfago, cujo principal sintoma é a regurgitação dos alimentos ingeridos.
Essas lesões são definitivas e irreversíveis. A doença de Chagas pode não provocar lesões importantes em pessoas que apresentem resposta imunológica adequada, mas pode ser fatal para outras.
A medicação é prescrita sob acompanhamento médico devido aos efeitos colaterais que provoca, e deve ser mantida por, no mínimo, um mês.
O medicamento costuma ser efetivo na fase aguda da doença, enquanto o parasita está circulando no sangue. Na fase crônica, não compensa utilizá-lo mais e o tratamento é direcionado às manifestações da doença a fim de controlar os sintomas e evitar as complicações.
Não existe vacina para a doença de Chagas, logo os cuidados devem ser redobrados nas regiões onde o barbeiro ainda existe, como no norte de Minas Gerais, e em algumas áreas do nordeste da Bahia. Outras recomendações como a lavagem cuidadosa da cana-de-açúcar antes da moagem e a mesma precaução deve ser tomada antes de o açaí ser preparado para consumo e as de que portadores do parasita, mesmo que sejam assintomáticos, não podem doar sangue devem ser seguidas.
Manter o inseto transmissor afastado do convívio humano é a única forma de erradicar a doença de Chagas.

Referências


LEISHMANIOSE
A Leishmaniose é uma doença infecciosa não contagiosa causada por parasitas do gênero Leishmania. Os parasitas vivem e se multiplicam no interior das células do sistema defensivo dos indivíduos, os denominados macrófagos.
Há dois tipos de leishmaniose: leishmaniose tegumentar ou cutânea e a leishmaniose visceral ou calazar.
              A leishmaniose tegumentar caracteriza-se por feridas na pele que se localizam com maior frequência nas partes descobertas do corpo. Podem também surgir feridas nas mucosas do nariz, da boca e da garganta. Essa forma de leishmaniose é popularmente conhecida como “ferida brava”. São sintomas febre irregular e prolongada, anemia, indisposição, palidez da pele e ou das mucosas, falta de apetite, perda de peso, inchaço do abdômen devido ao aumento do fígado e do baço. Duas a três semanas após a picada, aparece uma pequena pápula avermelhada que vai aumentando de tamanho até formar uma ferida recoberta por crosta ou secreção purulenta. A doença também pode se manifestar como lesões inflamatórias nas mucosas do nariz ou da boca.
A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, isto é, acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea. Esse tipo de leishmaniose acomete principalmente crianças de até dez anos. Após esta idade, torna-se bem menos recorrente. É uma doença de evolução longa, podendo durar alguns meses ou até mesmo ultrapassar o período de um ano. São sintomas
A leishmaniose é transmitida por insetos hematófagos conhecidos como flebótomos, que medem de dois a três milímetros de comprimento, sendo capazes de atravessar as malhas dos mosquiteiros e telas. Apresentam cor amarelada ou acinzentada e suas asas permanecem abertas quando estão em repouso.
Seus nomes variam de acordo com a localidade; os mais comuns são: mosquito palha, tatuquira, birigui, cangalinha, asa branca, asa dura e palhinha. O mosquito palha ou asa branca é mais encontrado em lugares úmidos, escuros, onde existem muitas plantas.
A doença afeta algumas das pessoas mais pobres do mundo e está associada à desnutrição, deslocamento de população, condições precárias de habitação e saneamento precário, um sistema imunológico fraco e falta de recursos financeiros.
As fontes de infecção das leishmanioses são, principalmente, os animais silvestres e os insetos consumidores de sangue que abrigam o parasita em seu tubo digestivo. O cão doméstico pode, entretanto, ser hospedeiro.

Na leishmaniose cutânea os animais silvestres que atuam como reservatórios são os roedores silvestres, tamanduás e preguiças. Na leishmaniose visceral a principal fonte de infecção é a raposa do campo.
            Entre as ações de prevenção podemos destacar evitar construir casas e acampamentos em áreas muito próximas à matar, fazer dedetização, quando indicada pelas autoridades de saúde, evitar banhos de rio ou de igarapé, localizado perto da mata, utilizar repelentes na pele, quando estiver em matas de áreas onde há a doença, usar mosquiteiros para dormir, usar telas protetoras em janelas e portas e eliminar cães com diagnóstico positivo para leishmaniose visceral, para evitar o aparecimento de casos humanos.
O diagnóstico da leishmaniose é realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais e baseia-se na detecção de anticorpos anti Leishmania. O tratamento com medicamentos deve ser cuidadosamente acompanhado por profissionais de saúde.
Sua detecção e tratamento precoce devem ser prioritários, pois a Leishmaniose pode levar à morte.

Referências