segunda-feira, 13 de abril de 2020


BACTÉRIAS – Eubactérias e Arqueobactérias
O Reino Monera é subdividido em dois grupos, o das eubactérias e o Archaea.

As Eubactérias, procariontes, representam o maior número de espécies dentro do Reino. Fazem parte do Grupo Eubactéria todas as bactérias e as cianobactérias, com exceção das Arqueobactérias.
A reprodução das eubactérias se dá pelo processo assexuado de bipartição. Quanto ao formato, pode ser espiralado, esférico ou cilíndrico. Algumas espécies produzem endósporos, que são estruturas de resistência. Estes endósporos permanecem no ambiente até infectar uma pessoa.

Muitas são patogênicas, como as seguintes:
·       Vibrio cholerae – bactéria causadora da cólera.
·       Clostridium botulinum – bactéria causadora do botulismo.
·       Bordetella pertussis – bactéria causadora da coqueluche.
·       Mycobacterium leprae – bactéria causadora da hanseníase (lepra).
·       Treponema pallidum – bactéria causadora da sífilis.

Já as arqueobactérias, também procariontes, que pertencem ao grupo Archaea, são bactérias primitivas, existindo apenas cerca de vinte espécies. Elas possuem parede celular composta por proteínas, glicoproteínas e polissacarídeos, tendo de 0,1 micrómetros (μm) até 15 micrômetros de diâmetro.
Estas bactérias possuem a capacidade de viver em locais onde as condições de vida são extremamente adversas para a grande maioria dos seres vivos, como os com grande presença de sal, extremamente ácidos, de baixíssima umidade, com ausência de oxigênio e com temperaturas muito elevadas ou muito baixas.
São classificadas como bactérias metanogênicas (anaeróbias; fabricam gás metano; vivem geralmente em regiões profundas dos oceanos, em áreas de pântanos e também no sistema digestório dos animais ruminantes, atuando na digestão da celulose); as bactérias halófilas extremas (habitam áreas aquáticas com elevada concentração de sal); bactérias termófilas extremas (habitam águas com temperaturas muito elevadas como, por exemplo, fendas vulcânicas; são quimiossintetizantes, obtendo energia através da oxidação do enxofre).
Exemplos:
  • ·       Nanoarchaeum equitans
  • ·       Halobactéria sp.
  • ·       Sulfolobus sp.

Existem bactérias que são decompositoras e saprófitas, isto é, têm funções, junto aos fungos, de reciclagem da matéria orgânica proveniente de organismos mortos, além de resíduos como fezes e urina, transformando a matéria em moléculas de composição mais simples. Este trabalho é essencial para que o ciclo tanto do nitrogênio quanto do oxigênio seja desempenhados corretamente.
O ciclo do nitrogênio é realizado por bactérias do gênero Rhizobium que estão presentes em raízes de leguminosas. Elas transformam o nitrogênio da atmosfera em nutrientes – nitritos e nitratos, por exemplo -, para que sejam assimilados pelas plantas que servirão de alimento para animais herbívoros, que servem de alimento para os carnívoros e assim por diante dentro da cadeia alimentar.
No ambiente, as bactérias – cianobactérias – podem se associar aos fungos e formar líquens que, além de funcionar como bioindicadores de qualidade ambiental, ajudam a criar condições benéficas para outras espécies colonizarem determinados ambientes. Podem, também, ser usadas na fabricação de corantes. Algumas bactérias são usadas como fermentadoras, atuando na fabricação de bebidas, coalhadas e iogurtes.
No organismo humano e em algumas espécies de animais ruminantes, também desempenham papel de grande importância. Bactérias como Methanobacterium smithii, Escherichia coli, Lactobacillus acidophillus, além das do gênero Pseudomonas, Acinetobacter e Moraxella atuam na quebra de algumas substâncias dentro do sistema digestório, como a celulose, por exemplo, além da produção de vitaminas e para evitar a proliferação dos patógenos. Na pele humana, existem bactérias que ajudam a degradar as células mortas e eliminar os resíduos.
            Na tecnologia, seus genes são usados para o desenvolvimento de organismos transgênicos e na limpeza de substâncias que são prejudiciais ao meio ambiente como o petróleo e até mesmo substâncias radioativas, além do uso nas estações de tratamento de esgoto.

ANTIBIÓTICOS

Os antibióticos constituem uma classe de medicamentos utilizados para o tratamento de infecções bacterianas de modo geral, atacando apenas as bactérias, seres vivos unicelulares, procariontes e parasitas, sem prejudicar as outras células do nosso organismo.
O primeiro tipo de antibiótico foi descoberto por acidente. É a penicilina, substância bactericida mais usada e reconhecida em todo o mundo há anos.
Existem diversos tipos e para a escolha de um tipo adequado para um tratamento é importante separá-las em gram-positivas, que tingem de cor quando expostas ao cristal violeta, e gram-negativas, que se tingem de vermelho. São, ainda, indicados de acordo com a infecção e a área afetada.
Podem ser divididos em bactericidas, que são capazes de destruir as bactérias, ou bacteriostáticos, acabando com o mecanismo de reprodução delas. Ambos são eficazes, tendo diversas indicações para o tratamento de infecções.
Os antibióticos atacam as bactérias infecciosas presentes no nosso corpo, destruindo a parede celular bacteriana. Eles têm ação direta nesses organismos, alterando a sua estrutura ou a capacidade de se dividirem. Porém, esse não é o único mecanismo de ação desses medicamentos. Também agem na inibição do cromossomo das bactérias, impedindo que elas se dupliquem e reproduzam. Para isso, eles podem imitar as substâncias que são usadas pela célula bacteriana para se ligar às enzimas, inibindo a ação delas. Alguns antibióticos modificam, ainda, a permeabilidade da membrana plasmática nas bactérias ou atuam impossibilitando a síntese proteica bacteriana, impedindo a ação desse agente no nosso organismo. Ou seja, de uma forma ou de outra, esses medicamentos agem de modo a impedir a existência e a reprodução desses micro-organismos, dependendo do tipo de antibiótico.
A ação deles vai depender também da dosagem e do período de uso. Isso pode variar de acordo com a infecção, a área afetada e a gravidade.

Referências

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