BACTÉRIAS – Eubactérias e
Arqueobactérias
O
Reino Monera é subdividido em dois grupos, o das eubactérias e o Archaea.
As
Eubactérias, procariontes, representam o maior número de espécies dentro do
Reino. Fazem parte do Grupo Eubactéria todas as bactérias e as cianobactérias,
com exceção das Arqueobactérias.
A
reprodução das eubactérias se dá pelo processo assexuado de bipartição. Quanto
ao formato, pode ser espiralado, esférico ou cilíndrico. Algumas espécies
produzem endósporos, que são estruturas de resistência. Estes endósporos
permanecem no ambiente até infectar uma pessoa.
Muitas
são patogênicas, como as seguintes:
· Vibrio
cholerae – bactéria causadora da cólera.
· Clostridium
botulinum – bactéria causadora do botulismo.
· Bordetella
pertussis – bactéria causadora da coqueluche.
· Mycobacterium
leprae – bactéria causadora da hanseníase (lepra).
· Treponema
pallidum – bactéria causadora da sífilis.
Já
as arqueobactérias, também procariontes, que pertencem ao grupo Archaea, são
bactérias primitivas, existindo apenas cerca de vinte espécies. Elas possuem
parede celular composta por proteínas, glicoproteínas e polissacarídeos, tendo de
0,1 micrómetros (μm) até 15 micrômetros de diâmetro.
Estas
bactérias possuem a capacidade de viver em locais onde as condições de vida são
extremamente adversas para a grande maioria dos seres vivos, como os com grande
presença de sal, extremamente ácidos, de baixíssima umidade, com ausência de
oxigênio e com temperaturas muito elevadas ou muito baixas.
São
classificadas como bactérias metanogênicas (anaeróbias; fabricam gás metano; vivem
geralmente em regiões profundas dos oceanos, em áreas de pântanos e também no
sistema digestório dos animais ruminantes, atuando na digestão da celulose); as
bactérias halófilas extremas (habitam áreas aquáticas com elevada concentração
de sal); bactérias termófilas extremas (habitam águas com temperaturas muito
elevadas como, por exemplo, fendas vulcânicas; são quimiossintetizantes, obtendo
energia através da oxidação do enxofre).
Exemplos:
- · Nanoarchaeum equitans
- · Halobactéria sp.
- · Sulfolobus sp.
Existem
bactérias que são decompositoras e saprófitas, isto é, têm funções, junto aos
fungos, de reciclagem da matéria orgânica proveniente de organismos mortos,
além de resíduos como fezes e urina, transformando a matéria em moléculas de
composição mais simples. Este trabalho é essencial para que o ciclo tanto do
nitrogênio quanto do oxigênio seja desempenhados corretamente.
O
ciclo do nitrogênio é realizado por bactérias do gênero Rhizobium que estão
presentes em raízes de leguminosas. Elas transformam o nitrogênio da atmosfera
em nutrientes – nitritos e nitratos, por exemplo -, para que sejam assimilados
pelas plantas que servirão de alimento para animais herbívoros, que servem de alimento
para os carnívoros e assim por diante dentro da cadeia alimentar.
No
ambiente, as bactérias – cianobactérias – podem se associar aos fungos e formar
líquens que, além de funcionar como bioindicadores de qualidade ambiental,
ajudam a criar condições benéficas para outras espécies colonizarem
determinados ambientes. Podem, também, ser usadas na fabricação de corantes.
Algumas bactérias são usadas como fermentadoras, atuando na fabricação de
bebidas, coalhadas e iogurtes.
No
organismo humano e em algumas espécies de animais ruminantes, também desempenham
papel de grande importância. Bactérias como Methanobacterium smithii,
Escherichia coli, Lactobacillus acidophillus, além das do gênero Pseudomonas,
Acinetobacter e Moraxella atuam na quebra de algumas substâncias dentro do
sistema digestório, como a celulose, por exemplo, além da produção de vitaminas
e para evitar a proliferação dos patógenos. Na pele humana, existem bactérias
que ajudam a degradar as células mortas e eliminar os resíduos.
Na tecnologia, seus genes são usados para o desenvolvimento
de organismos transgênicos e na limpeza de substâncias que são prejudiciais ao
meio ambiente como o petróleo e até mesmo substâncias radioativas, além do uso
nas estações de tratamento de esgoto.
ANTIBIÓTICOS
Os antibióticos constituem
uma classe de medicamentos utilizados para o tratamento de infecções bacterianas
de modo geral, atacando apenas as bactérias, seres vivos unicelulares,
procariontes e parasitas, sem prejudicar as outras células do nosso organismo.
O
primeiro tipo de antibiótico foi descoberto por acidente. É a penicilina,
substância bactericida mais usada e reconhecida em todo o mundo há anos.
Existem
diversos tipos e para a escolha de um tipo adequado para um tratamento é
importante separá-las em gram-positivas, que tingem de cor quando expostas ao
cristal violeta, e gram-negativas, que se tingem de vermelho. São, ainda, indicados
de acordo com a infecção e a área afetada.
Podem
ser divididos em bactericidas, que são capazes de destruir as bactérias, ou
bacteriostáticos, acabando com o mecanismo de reprodução delas. Ambos são eficazes,
tendo diversas indicações para o tratamento de infecções.
Os
antibióticos atacam as bactérias infecciosas presentes no nosso corpo,
destruindo a parede celular bacteriana. Eles têm ação direta nesses organismos,
alterando a sua estrutura ou a capacidade de se dividirem. Porém, esse não é o
único mecanismo de ação desses medicamentos. Também agem na inibição do
cromossomo das bactérias, impedindo que elas se dupliquem e reproduzam. Para
isso, eles podem imitar as substâncias que são usadas pela célula bacteriana
para se ligar às enzimas, inibindo a ação delas. Alguns antibióticos modificam,
ainda, a permeabilidade da membrana plasmática nas bactérias ou atuam
impossibilitando a síntese proteica bacteriana, impedindo a ação desse agente
no nosso organismo. Ou seja, de uma forma ou de outra, esses medicamentos agem
de modo a impedir a existência e a reprodução desses micro-organismos,
dependendo do tipo de antibiótico.
A
ação deles vai depender também da dosagem e do período de uso. Isso pode variar
de acordo com a infecção, a área afetada e a gravidade.
Referências
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