segunda-feira, 30 de março de 2020


AMEBÍASE
        
            A Amebíase ou Disenteria Amébica é uma infecção parasitária que acomete o intestino grosso e, por vezes e outros órgãos. Desta forma, o protozoário afeta a atividade intestinal, fazendo com que o paciente tenha diarreias e cólicas intestinais — isso quando os sintomas surgem. O protozoário pode se apresentar de duas formas, cisto e trofozoíto, podendo atuar como comensal ou provocar a invasão de tecidos, originando as formas intestinal e extra intestinal da doença.
            A ameba unicelular Entamoeba histolytica é a responsável pela amebíase, embora possa estar presente no organismo sem desenvolver a doença, pois são parasitas comuns de nossa espécie e têm como característica o tamanho diminuto e capacidade de formar cistos.
O protozoário tem seu período de incubação variante de duas a quatro semanas.  Amebas são protozoários cuja locomoção se dá via expansões citoplasmáticas – pseudópodes.
            A doença, que tem incidência mundial atinge mais de 50 milhões de pessoas por ano, mas menos de 1% delas morre por conta da amebíase - principalmente em pacientes que desenvolveram quadros de abcessos hepáticos ou colite necrotizante -, porque a maior parte dos casos não apresentam maiores complicações. Quanto à localização, são as pessoas que vivem em áreas tropicais as que estão mais propensas a contrair o problema..
A amebíase afeta em especial locais com saneamento básico precários e populações com maus hábitos de higiene, uma vez que a forma de contaminação se dá via ingestão de seus cistos, isto é, por meio da ingestão de água /comida contaminadas ou contato direto com a matéria fecal contendo cistos amebianos maduros. Eles também podem ser transmitidos por manipuladores de alimentos e por meio de relação sexual desprotegida.
A infecção começa quando se ingere os cistos. Os cistos se abrem, liberando os trofozoítos que se multiplicam e provocam úlceras no revestimento intestinal. Ocasionalmente, eles se espalham para o fígado ou outras partes do corpo. Alguns trofozoítos se tornam cistos que são excretados nas fezes juntamente com os trofozoítos.
Estes, liberados nas fezes da pessoa adoecida, podem se espalhar na água e vegetais que, sem a devida higienização antes de serem ingeridos, podem causar a doença. Vale pontuar que a resistência dos cistos é muito grande: podem viver cerca de 30 dias na água, e 12 em fezes frescas. Fora do corpo, os trofozoítos frágeis morrem. No entanto, os cistos resistentes podem sobreviver.


Os pacientes que mais têm chance de contrair a infecção por amebíase são os que possuem problemas ou alterações de imunidade, deixando o organismo mais suscetível à contaminação. Além disso, alguns comportamentos, como má higienização das mãos, também podem aumentar os riscos de contágio. Podemos citar como fatores de risco a má higiene – das mãos ao sexo desprotegido - desnutrição, gravidez, câncer, alcoolismo e o uso de corticoides.
            Os sintomas costumam surgir de sete a dez após a contaminação, sendo classificados entre leves e graves. Os mais comuns são, respetivamente cansaço, desconforto e cólicas abdominais, liberação de fezes pastosas com sangue ou com muco, gases excessivos, calafrios, dor no reto durante a evacuação, emagrecimento, colite e febre, vômitos, acometimento dos pulmões, cérebro e fígado, evacuação aumentada (de 10 à 20 vezes ao dia), evacuar fezes líquidas e com sangue, sensibilidade abdominal, perfuração do intestino.
            O diagnóstico é feito por médicos proctologistas, infectologistas, gastroenterologistas e até mesmo clínico geral. Os exames utilizados são de fezes, de sangue e biópsia intestinal, geralmente.
Casos simples de amebíase podem ser tratados com medicamentos anti-infecciosos (como Benzoilmetronidazol, Doxiciclina, Flagyl, Helmizol, Annita, Secnidazol e Metronidazol) realizado durante, geralmente, 10 dias.  Medicamentos para tratar de náuseas também podem ser ingeridos para controlar os sintomas.
No caso de ocorrência de abscessos hepáticos, aspiração com agulha pode ser necessária para o diagnóstico e tratamento e, em raros casos, a cirurgia pode ser recomendada ao paciente.
Para prevenir,  cuidados como lavar os alimentos antes de consumi-los, não fazer sexo sem proteção, não consumir água não-filtrada e evitar queijos, leites e produtos lácteos sem que eles sejam pasteurizados;
É importante sempre estar com as mãos limpas para evitar a contaminação e, consequentemente, garantir a própria saúde e de sua família.


Referências
http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=90&sid=8
https://www.minutobiomedicina.com.br/uploads/posts/257/amebiase.jpg
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-parasit%C3%A1rias-protozo%C3%A1rios-intestinais-e-microspor%C3%ADdios/ameb%C3%ADase
https://www.infectologia.org.br/pg/996/amebiase
http://medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/1722/amebiase.htm
https://minutosaudavel.com.br/o-que-e-amebiase-sintomas-tratamento-prevencao-remedio-e-cura/










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