segunda-feira, 30 de março de 2020


LEISHMANIOSE
A Leishmaniose é uma doença infecciosa não contagiosa causada por parasitas do gênero Leishmania. Os parasitas vivem e se multiplicam no interior das células do sistema defensivo dos indivíduos, os denominados macrófagos.
Há dois tipos de leishmaniose: leishmaniose tegumentar ou cutânea e a leishmaniose visceral ou calazar.
              A leishmaniose tegumentar caracteriza-se por feridas na pele que se localizam com maior frequência nas partes descobertas do corpo. Podem também surgir feridas nas mucosas do nariz, da boca e da garganta. Essa forma de leishmaniose é popularmente conhecida como “ferida brava”. São sintomas febre irregular e prolongada, anemia, indisposição, palidez da pele e ou das mucosas, falta de apetite, perda de peso, inchaço do abdômen devido ao aumento do fígado e do baço. Duas a três semanas após a picada, aparece uma pequena pápula avermelhada que vai aumentando de tamanho até formar uma ferida recoberta por crosta ou secreção purulenta. A doença também pode se manifestar como lesões inflamatórias nas mucosas do nariz ou da boca.
A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, isto é, acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea. Esse tipo de leishmaniose acomete principalmente crianças de até dez anos. Após esta idade, torna-se bem menos recorrente. É uma doença de evolução longa, podendo durar alguns meses ou até mesmo ultrapassar o período de um ano. São sintomas
A leishmaniose é transmitida por insetos hematófagos conhecidos como flebótomos, que medem de dois a três milímetros de comprimento, sendo capazes de atravessar as malhas dos mosquiteiros e telas. Apresentam cor amarelada ou acinzentada e suas asas permanecem abertas quando estão em repouso.
Seus nomes variam de acordo com a localidade; os mais comuns são: mosquito palha, tatuquira, birigui, cangalinha, asa branca, asa dura e palhinha. O mosquito palha ou asa branca é mais encontrado em lugares úmidos, escuros, onde existem muitas plantas.
A doença afeta algumas das pessoas mais pobres do mundo e está associada à desnutrição, deslocamento de população, condições precárias de habitação e saneamento precário, um sistema imunológico fraco e falta de recursos financeiros.
As fontes de infecção das leishmanioses são, principalmente, os animais silvestres e os insetos consumidores de sangue que abrigam o parasita em seu tubo digestivo. O cão doméstico pode, entretanto, ser hospedeiro.

Na leishmaniose cutânea os animais silvestres que atuam como reservatórios são os roedores silvestres, tamanduás e preguiças. Na leishmaniose visceral a principal fonte de infecção é a raposa do campo.
            Entre as ações de prevenção podemos destacar evitar construir casas e acampamentos em áreas muito próximas à matar, fazer dedetização, quando indicada pelas autoridades de saúde, evitar banhos de rio ou de igarapé, localizado perto da mata, utilizar repelentes na pele, quando estiver em matas de áreas onde há a doença, usar mosquiteiros para dormir, usar telas protetoras em janelas e portas e eliminar cães com diagnóstico positivo para leishmaniose visceral, para evitar o aparecimento de casos humanos.
O diagnóstico da leishmaniose é realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais e baseia-se na detecção de anticorpos anti Leishmania. O tratamento com medicamentos deve ser cuidadosamente acompanhado por profissionais de saúde.
Sua detecção e tratamento precoce devem ser prioritários, pois a Leishmaniose pode levar à morte.

Referências

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